Almofala é um distrito do município de Itarema, no estado do Ceará.
Originalmente chamava-se Aldeia do Cajueiro, depois Missão do Aracati-mirím, Missam do tapuya Tramanbe e ainda Missão de Nossa Senhora da Conceição dos Tramambés.
Quando os jesuítas foram expulsos da missão em 1759, por ordens do Marquês do Pombal, uma parte dos Tremembé e os padres da ordem de São Pedro deslocaram os índios para o Soure e anos depois devido a desaptação os índios retornam a vila. Em 1766 a Missão tornou-se uma freguesia de índios e recebeu o nome de Almofala, um topônimo de origem árabe-portuguesa.
É a terra dos índios Tremembé, na qual está construída a Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Almofala.
O aldeamento Tremembé e os arredores da igreja, ficaram despovoados de 1897 até 1940/43, devido a invasão de dunas moveis.
Histórias curiosas rondam o município de Itarema, a 190 quilômetros de Fortaleza: no fim de 2008, boatos de que OVNIs tivessem visitado a região aterrorizaram os moradores, que por dias não saíram de suas casas. Além disso, a Igreja da Nossa Senhora da Conceição de Almofala passou 43 anos soterrada em areia, consequência da formação de dunas no local. Hoje totalmente exposta e tombada, a paróquia é uma das principais atrações da cidade, cuja praia é um dos segredos mais bem guardados do Ceará.
É uma praia cheia de lendas e tartarugas-verde (Chelonia mydas) – ou aruanãs, como são chamadas pelos indígenas -, que buscam suas águas para alimentação, desenvolvimento e descanso. A maioria desses animais pertence a populações de áreas de desovas distantes, como Suriname e Ilha de Ascension, na África. Mas todas as espécies de tartarugas marinhas ocorrem na costa cearense.
Para proteger os animais capturadas incidentalmente em currais de pesca, redes de espera para peixes e caçoeira para lagostas, o Tamar instalou, em 1992, sua base em Almofala, no município de Itarema, a única no Estado. A ação do Projeto envolve a população local, de aproximadamente 35 mil habitantes, distribuídos em sete localidades de dois municípios (de leste para oeste): Torrões, Almofala, Porto do Barco, Guajiru e Farol, em Itarema; Volta do Rio e Espraiado, em Acaraú. No total, a base monitora 40km de praias, além de locais de desembarque, venda de peixes e mercados públicos.
Essas comunidades vivem tradicionalmente da pesca artesanal, utilizando principalmente os currais, modalidade tradicional muito comum no litoral oeste do Ceará. De janeiro a julho, diariamente os pescadores vão em suas canoas até essas armadilhas, instaladas próximas à praia, para dali tirar o seu sustento. Antes do Tamar, todas as tartarugas marinhas aprisionadas acidentalmente eram mortas. Hoje, são devolvidas ao mar, pela equipe do Projeto, com a ajuda dos pescadores.